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Skateboard e Sandboard
SKATEBOARD
O Skate é um desporto inventado na Califórnia que consiste em deslizar sobre o solo e obstáculos equilibrando-se numa prancha, chamadashape (em inglês: deck), dotada de quatro pequenas rodas e dois eixos chamados de "trucks". Com o skate executam-se manobras, com baixos a altos graus de dificuldade.[1] No Brasil, o praticante de skate recebe o nome de skatista, enquanto que em Portugal chama-seskater. O skate é considerado um esporte radical, dado seu aspecto criativo, cuja proficiência é verificada pelo grau de dificuldade dos movimentos executados. O skate é considerado um esporte radical praticados por muitos, que se denominam skatitas Os skates eram muito primitivos, não possuiam nose nem tail, eram apenas uma tábua com quatro rodinhas. O crescimento do "surfe no asfalto" se deu de uma maneira tão grande que muitos dos jovens da época se renderam ao novo esporte chamado skate. Surgiam então os primeiros skatistas da época.[2]
Década de 1960
No início da década de 1960, os surfistas da Califórnia mais ou menos na cidade de Los Angeles queriam fazer das pranchas um divertimento também nas ruas, em uma época de marés baixas e seca na região. Inicialmente, a nova "maneira de surfar" foi chamada de sidewalk surf. Em 1965, surgiram os primeiros campeonatos, mas o skate só ficou mais reconhecido uma década depois.[3]
Década de 1970
Em 1973, o norte-americano Frank Nasworthy inventou as rodinhas de uretano, que revolucionaram o esporte. Um skate passou a pesar por volta de 2,5kg.
Por volta do ano 1975, um grupo de garotos revolucionou ainda mais o skate, realizando manobras do surf sobre ele. Esses garotos eram os lendários Z-Boys da também lendária equipe Zephyr. Essa equipe era de Venice, Califórnia, lugar o qual chamavam de Dogtown.
Em 1979, Alan Gelfand inventou o Ollie-Air, manobra com a qual os skatistas ultrapassam obstáculos elevados e é base de qualquer manobra. A partir disso, o skate nunca mais foi o mesmo. Essa manobra possibilitou uma abordagem inacreditavelmente infinita por parte dos skatistas. Não se praticaStreet Style sem o domínio do Ollie-Air. Tom "Wally" Inouye também foi uma figura importante na história do skate na década de 70. Ele é mais conhecido pela assinatura de manobras como "wall rides" e "backside airs." Inouye começou IPS (Serviço de Piscina do Inouye) nos anos 70, e foi um dos primeiros skatistas de piscina.
"Em 1976 nós andávamos de skate em piscinas vazias. Ninguém sabia o tudo o que se podiam fazer então nós nos divertíamos e víamos até onde podíamos forçar" | — Wally Inouye, sobre no começo andar em piscinas
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"Forçar" foi exatamente o que levou à suas assinaturas de manobras. O “wallride” (andar na parede), você anda com o skate pela parede e depois volta para o chão. "Nós todos tentávamos subir na parede. Eu acho que fui o único que conseguiu fazer isso", disse Inouye. E a manobra passou a ser chamada de Wallride e por isso o chamam até hoje de Wally.
O primeiro skatista nipo-brasileiro a chegar ao Brasil foi Jun Hashimoto em 1975, o mesmo abriu as portas para três gerações de descendentes japoneses no skate. Nomes importantes como o skatista brasileiro Lincoln Ueda.
Década de 1980
Na década de 1980, um dos revolucionários do esporte, principalmente na modalidade freestyle foi Rodney Mullen. Rodney desenvolveu várias manobras como kickflip, heelflip, hardflip, casper, darkslide, rockslide, 50-50, body varial, nollieflip underflip, primo, reemo, varialflip, inward heelflip, 360 flip, fs flip, bs flip, varial heelflip, fs heelflip, bs heelflip, etc. Grande parte das atualmente praticadas é derivada destas manobras. Rodney foi diversas vezes campeão mundial, chegando a ser considerado o melhor e mais influente skatista do mundo na sua modalidade.[4] Outro revolucionário, na modalidade Vertical, foi o mito Tony Hawk. Hawk inovou a maneira como os skatistas devem abordar o Half-Pipe, sempre procurando ultrapassar os limites de criatividade e dificuldade de execução das manobras. No final dos anos 80, exatamente em 1989, Lincoln Ueda, assistido pelo seu pai (que filmava suas voltas para que pudessem aprimorá-las) competiu em Münster, Alemanha, e faturou o 4° lugar. Despontava o Brasil no cenário mundial! Lincoln Ueda, também teve excelentes participações na pista da Domínio Skate Park Atibaia.
Década de 1990
Nos anos 90, o carioca Bob Burnquist[5] elaborou a última grande revolução no Skate: o Switchstance vertical. Essa é a técnica de se praticar Skate com a base trocada. Já era difundida na modalidade street, mas Bob foi o primeiro a popularizá-la na modalidade vertical. A partir daí, o Skate passou a não ter mais "lado", ou seja, não existe mais o lado da frente nem o lado de trás. As manobras realizadas com pé direito na frente do Skate, agora também são realizadas com o pé esquerdo na frente. Essa técnica quadruplicou o número de variações possíveis nas manobras. Para um skatista que deseja competir, é imprescindível o domínio de tal técnica. Bob foi o primeiro skatista brasileiro a vencer uma etapa do campeonato mundial de skate vertical, em Vancouver, Canadá, no ano de 1995. Ninguém esperava, ele apareceu lá e mostrou como se deveria andar de skate vertical dali em diante...
Circuito Brasileiro de Skate Profissional
O Circuito Brasileiro de Skate Profissional foi inaugurado em 1989 na categoria street style, cujo vencedor foi o Paulistano Rui Muleque e realizado pela UBS (União Brasileira de Skate). A disputa conta, hoje, com provas passando por estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Brasília, realizadas pela CBSk (Confederação Brasileira de Skate).
- No ano de conquista o mundial de para o Brasil.1995Diogo Oliveira Fernandesprimeirotítulovertical
- Em março de 1999 foi fundada em Curitiba a CBSk Confederação Brasileira de Skate, a entidade que regulamenta as normas e políticas voltadas ao desenvolvimento do skate (skateboard) no território brasileiro.
Anos 2000
É fundada em São Paulo a Associação Brasileira de Skate Feminino, por skatistas femininas, seu primeiro circuito ocorreu em 2005. Hoje a associação é filiada a CBSK.
Em 2001 Og de Souza, um skatista que em sua infância sofreu de poliomielite, foi citado nas revistas Tribo Skate, CemporcentoSKATE, entre outras. Em 2001 ganha o campeonato profissional no Best Trick (se deriva da palavra que vem do inglês) mesmo que melhor manobra.
Em 2008 e 2009, a Mega Rampa chega ao Brasil,onde foi montando no Sambódromo do Anhembi pelo skatista dos anos 80 George Rotatori. Na segunda edição(2009), Bob Burniquist consagrou-se Bicampeão do evento.
Cultura
No filme The Lords of Dogtown, Z-Boys e Vida sobre rodas é possível conhecer um pouco da história do skate. O filme conta a história dos Z-Boys, um grupo de skatistas dos anos 70 que revolucionaram o esporte. Vale lembrar que o filme acima citado é popularmente mais conhecido porém, não é o único que relata a história do "Z-Bouys". O filme foi inspirado em um documentário intitulado Dogtown & Z-Boys, que conta a história relatada pelos personagens participantes, em pessoa.
Um livro que conta a história do skate no Brasil é o livro A Onda Dura.[6] O Livro percorre desde os primórdios do esporte até os anos 2000, contendo diversas imagens. Além do livro A Onda Dura, existem dois documentários importantes para a história do skateboarding brasileiro: Dirty Money - que conta a história de como surgiu a iniciativa de se editar o primeiro vídeo de skate no país - e Vida Sobre Rodas - que conta a histórias do skate brasileiro, da segunda metade da década de 80 até os dias de hoje, sob o ponto-de-vista de quatro importantes skaters brasileiros:Bob Burnquist, Sandro Dias "Mineirinho", Felipe Lima e Alan Patrick. em 2008 Beatriz Thuanny ganhou o campeonato profissional de skate curitiba e foi eleita umas das melhores skatista feminina de curitiba
Partes do skate
O skate é formado por oito partes, todas fundamentais para um bom funcionamento, são elas:
Shape
A nomeclatura "shape" é usada apenas no Brasil. Em países de língua espanhola como a Argentina e o Chile por exemplo, usa-se "Patineta" ou "Tabla". No países de língua inglesa, usa-se a nomeclatura "Deck". É a tábua de madeira que serve como base para as manobras. Composto por madeira leve e resistente disposto em folhas (madeira laminada). Existem hoje vários tipos, com pouco ou muita inclinação, ou com pouca ou muita largura, podendo escolher-se o que mais se adequa a cada tipo de manobras e estilo. A tábua possui um nose e um tail, ambos são extremidades da tábua, sendo o nose a parte dianteira e o tail a parte traseira. O côncave da tábua é a curvatura antes do tail e do nose, essa curvatura influencia no tipo de estilo de preferência da pessoa. Também contem diversas formas de cortes.
Mesa
É a peça na qual o eixo é encaixado em algumas regiões ela também e chamada de "base". Há duas mesas em cada skate. Em cada uma das mesas tem uma cavidade onde se devem colocar as chupetas (parte integrante dos amortecedores). É importante frisar que a "base" ou "mesa" é parte integrante do conjunto denominado "truck".
Trucks
Trucks são os eixos do skate, a parte onde se encaixam as rodas, os rolamentos e o amortecedor que ameniza os impactos de um pulo. Os trucks são geralmente confeccionados em alumínio, mas podem ser de material plástico e até mesmo de poliuretano que é o mesmo material utilizado para confecção de rodas de skate.
Amortecedores
São quatro (um par por truck) em cada skate: que são postos na partes superiores pontiagudas dos trucks; dois em formatos circulares, que são postos entre a mesa e o truck; e outros dois de forma irregular - uma parte maior do que a outra - que são usados entre o truck e a porca do parafuso central. Os amortecedores recebem uma classificação: Vai de 95 até 100. Noventa e cinco, ou mais próximo de 95(ex.:96,97), são mais macios. Cem, ou mais próximo de 100(ex. 98,99), são mais duros. Esses números vêm acompanhados de uma letra que pode ser: ou A, ou B ou C, Exemplo: 98A. Não existe combinação: 95AB, 97AC, etc. Eles servem para deixar o skate macio
Rodas
Existem vários tipos de rodas, marcas e tamanhos.
O tamanho das rodas é muito importante; rodas maiores são mais estáveis porém menos velozes, são indicadas para iniciantes.
Rodas menores possuem maior velocidade, porém se perde a velocidade mais rápido e possuem menor estabilidade e são melhores para chão liso. A maciez da roda é medida pela letra "A" a mais comum é a 100A, quanto menor for este valor mais macio a roda é. A maciez influi bastante na velocidade, no desgaste e no deslize
Rolamentos
Permitem as rodas girarem livremente e portanto o deslize do skate no solo. São confeccionados de ligas de aço ou cerâmica e possuem diversas marcas. Existe uma classificação dos rolamentos que é a classificação ABEC. Essa, classifica o rolamento quanto a sua precisão nas dimensões. Uma espécie de certificação de engenharia. Portanto essa certificação ABEC por si própria não classifica os rolamentos quanto aos quesitos durabilidade e velocidade. Essas características dependem da qualidade dos componentes, como esferas, gaiolas, lubrificação etc. É perfeitamente possível que um rolamento ABEC 3 de determinada marca corra e dure mais que um ABEC 7 de outra marca por exemplo. Existem também rolamentos sem certificação ABEC porém de marcas conceituadas, como os "Bones" e "NMB". Essa classificação é feita a partir de números ímpares de 1 até 15, portanto os "ABECs" existentes são ABEC 1, ABEC 3, ABEC 5, ABEC 7 e ABEC 9, ABEC 11 .
Parafusos
Responsáveis por fixar partes do skate. São 4 em cada eixo, somando um total de 14 parafusos: oito para prender os dois eixos; quatro em cada eixo; e dois parafusos centrais (um em cada truck) - são aqueles parafusos grandes onde são também encaixados dois amortecedores - e um parafuso em cada roda - que faz com que a roda não saia.
Lixa
Fica aderida à superfície da tábua, fazendo com que aumente o atrito entre o calçado e a tábua do skate, possibilitando assim a execução de manobras e impedindo que o calçado deslize involuntariamente sobre a tábua. Essa lixa é autoadesiva e é colada em cima do shape.
Partes Opcionais
Elevador
Elevadores aumentam o espaço entre o Shape e os Trucks. Isso possibilita o Truck a torcer ainda mais, sem causar a "Mordida de Roda" (quando a roda toca o Shape e para de girar). Os elevadores também podem alterar o jeito de virar para os lados do Truck.
Slip Tape
A Slip tape é um pedaço de plastico adesivo que é posto embaixo do Shape. Ele ajuda a proteger os desenhos do Shape e permite ao shape deslizar melhor. Outro nome para isso é Eversilck.
Modalidades
Street
No skate de rua (street), os praticantes utilizam a arquitectura da cidade, por exemplo, bancos, escadas e corrimãos e o calçamento (elementos do mobiliário urbano) como obstáculos para executar suas manobras e se expressar.[7] É com distância a modalidade mais difundida e popular do skate.O street é também a modalidade preferida de diversas tribos ou grupos de skatistas.
Freestyle
Modalidade onde o skatista apresenta várias manobras em seqüência, geralmente no chão.[7] O freestyle é considerado uma das primeiras modalidades do Skate. Onde os skatistas dão manobras de chão, juntando elas, dando-as em seqüências, como: flip 180, 360 flip, hardheel flip, hardflip, eles dão elas sem envolver obstáculos.
Vert ou Vertical
- Half-Pipe
A modalidade vertical é praticada em uma pista com curvas (transições), com 3,40m ou mais de altura, três metros de raio e quarenta centímetros de verticalização, geralmente possuem extensões. A pista, que apresenta a forma de U, é chamada de half-pipe e pode ser feita de madeira ou concreto. O conceituado skatista Tony Hawk ficou famoso por suas grandes habilidades nos half-pipes. Tornou-se o que é graças à sua mãe que comprava batatas fritas para ele sobreviver nos treinos da sua escolinha de skate, onde começou a praticar o esporte aos 3 anos de idade. Aos 6 anos já tinha o patrocínio da Volcom, Vans, Element,entre outras. Nessa idade já fazia flips e grinds pela cidade, onde se machucava muito. Um desses machucados, conseqüente de um flip "mal chutado", afastou-o do esporte durante um ano, pois ele quebrou sua perna direita e ralou todo o joelho esquerdo, o que demorou muito para curar.
- Pool Riding
É praticado em piscinas vazias de fundo de quintal, que com suas paredes arredondadas são verdadeiras pistas de skate. Na realidade as pistas de skate em forma de Bowl (bacia) são inspiradas nas piscinas, que tinham a transição redonda: azulejos e coping. O fundo redondo das piscinas americanas é para o caso de a água congelar as paredes não arrebentarem, pois nesse caso o gelo se deslocaria para cima, não fazendo pressão nas paredes. Na década de 70, alguns skatistas da Califórnia, mais precisamente de Santa Mônica, se aventuraram a andar em piscinas vazias, e assim foi criada o Pool Riding que atualmente é uma modalidade underground praticada por alguns skatistas que gostam de transições rápidas. Recentemente, em 1999, a Vans (uma marca de tênis para skatistas) inaugurou uma das maiores pistas da América, onde a atração principal é uma réplica da famosa piscina Combi Pool que ficava na extinta pista de Pipeline em Upland. E já promete outra pista para breve, sempre com a inclusão de piscinas no seu desenho.
- Big Air
Modalidade criada por Danny Way outro que foi adaptada e atualmente é a principal competição do X Games. Colocando modalidades que também refletem parte do que os skatistas querem mostrar para o mundo, como o fim da disputas do "skate park" e mostrar disputas de "street skate", em obstáculos que verdadeiramente reproduzem o que os skatistas de street fazem.
Downhill Slide
- Downhill Stand-up
Tem como finalidade descer a montanha (ladeira) imprimindo velocidade, os equipamentos necessários para a pratica do Downhill speed são (macacão de couro, ténis, luva com casquilho, capacete fechado, e um skate próprio para velocidade), o recordista mundial de velocidade é o brasileiro Douglas (Dalua), Dalua chegou a 130 km/h na ladeira mais rápida do mundo no RS-teutônia. Ano que também deu um enorme destaque aos "speeds" brasileiros junto ao ranking mundial da IGSA (Associação internacional de esportes de gravidade). Com destaque no 5º lugar para luiz Lins(T2) e o 10º lugar ao Juliano Cassemiro (Lilica), em um total de aproximadamente 450 pessoas de várias partes do mundo.
- Downhill Slide
Consiste em descer ladeira executando manobras de slide, com um skate maior, chamado Longboard. Com características, bem próximas á modalidade Downhill Slide, no long, o estilo clássico do "surf" é mais explorado, no aproveitamento das laterais das pistas e da própria madeira(Shape). Hoje, com o desenvolvimento técnico não apenas dos equipamentos mais leves, mas da execução das manobras, o longboarddownhill consegue equilibrar, agressividade, velocidade e o clássico ao mesmo tempo. Essa modalidade é a que mais comporta mulheres entre as demais encontradas na ladeira. No Brasil, a skatista Christie Aleixo tem destaque e é considerada uma das melhores no mundo nesta modalidade, além de praticar o speed e o slalom.
Mini-rampas
As mini-rampas são populares em todo o mundo, pois devido a pouca altura que elas possuem, as manobras são executadas com uma maior facilidade. Nesta modalidade, a uma mistura de street com vertical. Na realidade as mini rampas são um mini half pipe, aonde as paredes não chegam ao vertical. Elas variam de 1 a 2 metros e 10 cm de altura. São excelentes para se aprender manobras, principalmente as que utilizam bordas, onde o eixo ou as rodas permanece em contato com o coping (detalhe de acabamento feito por um cano, inspirado nas piscinas americanas de fundo de quintal). Essas pistas são facilmente construídas. O risco de se machucar em uma manobra é bem pequeno e é uma prática necessária para a evolução de qualquer skatista.
SANDBOARD
O Snowboard ou Snowboarding é um esporte que, tal como o skate e o surfe, consiste em equilibrar-se sobre uma prancha, este porém se faz na superfície nevosa das encostas de montanhas - como o esqui. A prancha usada deve ser proporcional ao corpo do praticante, ela devendo ter o comprimento do chão até a altura do nariz. A prancha é lisa e não há rodas ou ferros na sua parte inferior. Usa-se prendedores aos pés e as pontas dianteiras e traseiras da prancha são ligeiramente curvadas para cima. Uma vez que a neve dificulta o impulso da prancha com a ajuda dos pés a única maneira de praticá-lo é descendo as encostas de montanhas. Há modalidades que incluem o uso de halfpipes compridas em declive (estruturas côncavas em formato de meio cilindro) e rampas artificiais para a realização de grandes saltos onde se pode fazer várias manobras antes de se alcançar o chão.
O surfe é o equivalente na água do snowboard.
Sobre Snowboard
O snowboard é um esporte radical e muitas vezes perigoso, e que algum deslize pode fazer o snowboarder (o praticante do esporte em inglês) rolar montanha abaixo, são necessários equipamentos de proteção tais como:
- roupas especiais;
- óculos apropriados - usar óculos de boas lentes é recomendado para estâncias de muita luz solar;
- fixações para os pés.
Os equipamentos mais essenciais são o capacete e as luvas as quais geralmente contêm placas de plástico que impedem o movimento dos pulsos, reduzindo assim a chance de quebrá-los quando houver acidente.
Ao caso de alugar ou comprar um capacete deve-se sempre certificar-se de que:
- esteja sempre intacto;
- tenha uma proteção para as orelhas;
- uso de fivelas ajustáveis.
Na compra das roupas é importante lembrar-se de que:
- idealmente são roupas coloridas e distantes do branco ou preto para em caso de ou outros problemas o grupo de resgate conseguir visualizar a vítima à distância;avalanche
- devem ser quentes e confortáveis para combaterem o rigor do frio e da neve;
- devem ser leves;
- porém não devem ser muito grossas pois assim elas inibem a mobilidade do praticante.
As luvas preferencialmente devem ter uma placa de plástico embutida e dois componentes: uma luva de pano e uma luva grossa. A razão é que quando se está praticando snowboard sempre é necessário tirar a bota e colocá-la de novo, por isso a luva de pano facilita o manuseamento.
Começando
Primeiramente deve-se decidir o pé dianteiro que é colocado na prancha. Pessoas que põem o pé direito na frente são chamadas de goofy (patetas em inglês) e as que põem o esquerdo são chamadas de regulars (normais em inglês). As pessoas que praticam skate ou surfam, tendem a aprender mais rápido porque a técnica de jogar o peso pra frente e para trás desses esportes é a mesma. As duas coisas que sempre devem ser lembradas são: manter-se nas pontas dos pés ou nos calcanhares e não deixar a prancha ficar completamente encostada no chão. A razão é simples pois quando fica totalmente encostada no chão ela perde a estabilidade e a pessoa cai. Para frear deve-se pôr o peso do corpo nos calcanhares, procedimento que faz a prancha parar. Cuidado para não exagerar no peso pois senão a prancha desliza e a pessoa também cai. No início é bastante difícil acertar a quantidade de peso que se deve colocar, o que com a prática se arranja o jeito.
Classificação de pistas
Geralmente na maiorias das estações de esqui e snowboard há quatro classificações para as pistas:
- Verde (para aprendizagem)
- Azul (para iniciantes)
- Vermelho (para intermediários)
- Preta (para experts)
- Laranja ( muito rara e com perigo de morte)
O praticante deve escolher a pista de acordo com o grau de experiência e aptidão, lembrando que sempre se pode mudar o grau conforme se vai avançando no esporte. Escolher uma pista que exige um grau de habilidade muito acima do seu, ou desrespeitar os sinais da pista, podem gerar sérios acidentes.
Modalidades
Manobras comuns do Snowboard
Air-to-fakie: consiste em um salto simples que o praticante dá no halfpipe, entrando de frente para a parede e voltando com a parte traseira da prancha (backside).
Alley-oop: é qualquer manobra de rotação maior que 180 graus.
Blindside: é um giro realizado pela parte traseira da prancha.
Boned: quando se está no ar segura-se a prancha e esticam-se as pernas para trás.
Cab: o praticante está de backside, gira 360 graus e aterrissa de frente.
Carve: consiste em fincar o lado traseiro ou dianteiro da prancha no chão, enquanto deslizando para reduzir o atrito e descer mais rápido.
Flip: salto mortal.
Spins: são as voltas que o praticante dá com a prancha.
Rodeo: é o popular parafuso, mistura do spin com o flip.
Fakie: deslizar com o pé traseiro na frente.
Mute: o corpo gira em 90 graus e coloca a mão entre as pernas.
Tailgrab: colocar a mão ou na ponta da frente ou de tras.
]Normas da Federação Internacional de Esqui
Eis as dez normas de conduta e segurança da Federação Internacional de Esqui:
1. Respeito pelos outros: Todos os utilizadores das pistas deverão comportar-se de modo a não colocar em risco todos os outros esquiadores.
2. Controle: Todos os utilizadores das pistas deverão adaptar a velocidade ao seu nível técnico e capacidade física, bem como, às condições atmosféricas, de terreno e de tráfego.
3. Escolha da traje(c)tória: o esquiador em posição superior deverá escolher a trajectória de forma a garantir a segurança de quem está em baixo. O esquiador em zona inferior (vale) tem sempre prioridade.
4. Ultrapassagens: poderão ser feitas por cima (montanha), por baixo (vale), pela direita ou esquerda, sempre de forma folgada, garantindo a possível evolução daquele que se ultrapassa.
5. Entrada nas pistas e num cruzamento: ao entrar numa descida (pista) ou ao passar um cruzamento todo o utilizador deverá olhar para cima (montanha) e para os lados, por forma a verificar se poderá entrar nas pistas com a maior segurança.
6. Paragem/parada: todos os utilizadores deverão evitar parar em zonas estreitas, lombas e zonas sem visibilidade. Em caso de queda deverão retirar-se da pista o mais rápido possível.
7. Subidas e descidas a pé: deverão ser feitas pelos laterais das pistas, tendo atenção para não colocar em perigo todos os outros utilizadores.
8. Respeito pela marcação, sinalização e informação nas pistas: todos os utilizadores das pistas deverão estar informados sobre as condições reais de cada zona de pistas, bem como respeitar todas as indicações e marcações de segurança existentes nas mesmas.
9. Assistência: qualquer pessoa envolvida ou testemunha de um acidente deverá prestar assistência e dar o alerta para o mesmo. Em caso de necessidade e a pedido dos socorristas deverá colocar-se ao serviço dos mesmos.
10. Identificação: Qualquer pessoa, testemunha ou envolvida num acidente, deverá se identificar perante a equipa de socorro.
Atletas do Esporte
Snowboard Brasileiro
Desde final da década de 90 já existia um local com o uso de uma pista de neve artificial de mais de 400 metros de extensão, na cidade de São Roque, estado de São Paulo, para a prática desnowboard no Brasil. Hoje existem outras pistas artificiais a fim de promover e difundir o esporte em várias localidades do País.
Porém, mesmo com poucos lugares para a prática do snowboard, os brasileiros dominam o esporte em nível profissional na América Latina. Uma vez que não há montanhas no Brasil em que neve frequentemente, muitos brasileiros profissionais se deslocam a outros países do continente, que possuem montanhas nevosas, como o Chile e a Argentina, para praticá-lo; também se encontram brasileiros praticando-o na Europa e na América do Norte.
O Brasil é líder do ranking sul-americano de snowboard nas categorias feminina e masculina. Há uma lista a seguir de pontos dos atletas que foi publicada pela Federação Internacional de Esqui.
A brasileira Isabel Clark, que obteve 9º lugar nos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim em 2006, lidera com folga no overall feminino (pontuação geral de todas as modalidades) com 379,13 pontos. Na 2ª colocação está a chilena Josefina Elton, com 87 pontos. Além da grande pontuação no overall, Isabel se destacou no boardercross com 310 pontos; a partir disso, obteve a melhor pontuação na modalidade em que é especialista e, com isso, Isabel chega à 20ª colocação no ranking mundial.
Já no masculino, Mário Zulian tem 81 pontos, seguido pelo argentino Diego Linares com 65,85 pontos. Riccardo Moruzzi lidera o ranking sul-americano nas disciplinas alpinas com 48 pontos, seguido pelo também brasileiro José Carvalho Jr., que soma 38,40 pontos.
O Brasil foi o melhor colocado da América latina nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006, em Turim, na Itália.